Melhor dizer agora para já deixar bem claro: os peruanos são pontuais! Se disserem que estarão em tal lugar às 12:59h e se você chegar às 13h, eles já estarão preocupados com seu “atraso”.
Às 13h00min a van começa a buscar os passageiros nos hotéis. O tour City Tour Arqueológico se inicia na Catedral de Cuzco, uma das mais bonitas das Américas – e com toda a razão! Chegando na Catedral, que fica em frente à Plaza de Armas, é feito uma chamada para verificar se todos os passageiros estão presentes e é entregue os áudios-fones (poucas empresas tem este sistema na viagem ao Peru). Para entrar na Catedral, é necessário ingresso que já estava incluso no serviço da Machu Picchu Brasil.
A Catedral de Cuzco é incrível! Seu tamanho, estilo arquitetônico, obras de arte, história, etc. tudo nela é incrível. O guia nos conta sobre sua história e algumas curiosidades sobre ela. Sua construção foi um marco da conquista (ou invasão) espanhola. A Catedral de Cusco possui algumas características que nenhuma outra catedral possui. Além disso, me senti realmente fascinada pela esperteza dos artistas nativos que fizeram quadros para a Catedral e que no meio de suas obras obviamente católicas conseguiram colocar elementos e significados incas! O conhecimento do guia sobre arte foi fundamental para percebermos esses elementos e entender suas teias de significados.
Dentro da Catedral não é permitido fotografar
Após a visitação na Catedral, que dura quase 1 hora (mas que com certeza poderia durar o dia todo), seguimos caminhando até o Qoricancha ( Templo do Deus Sol ). Sinceramente, não sei se gostei mais da Catedral ou do Qoricancha! Nesse templo inca pode-se ver a grandiosidade do inteligência inca, onde tudo tinha um porquê. Nenhuma pedra era colocada aleatoriamente. Era tudo matematicamente pensado, astronomicamente pensado, astrológicamente pensado, minimamente pensado. E tudo está conectado. Em Qoricancha se aprende mais sobre a crença inca no mundo dual (Sol e Lua), o equilíbrio dos 3 “mundos” (representado pela serpente, o puma e o condor) e as 4 regiões de expansão Inca. Um tempo repleto de engenhosidade e importância para época inca, com suas salas de rituais. Em Qoricancha está o marco zero do império inca, onde, pelo menos uma vez na vida, todo inca deveria ir. Além disso, os jardins do Qoricancha são belíssimos, muito floridos e bem cuidados.
Parte do jardim do Qoricancha, onde se vê no gramado os 3 animais místicos dos incas.
Após o tour pelo Qoricancha, subimos cerca de 3.700 metros acima do nível do mar até chegar em Saqsayhuaman. Impossível não ficar admirada com os tamanhos das pedras que constituem este sítio que, de acordo com o guia, era a “Casa Branca” do império Inca. Lá era onde as decisões administrativas mais importantes eram tomadas. De Saqsayhuaman tem-se uma vista bem ampla de Cuzco, e há algumas conclusões de que este sítio também servia como uma fortaleza militar de treinamento dos guerreiros incas. O fato é que as pedras são enormes e perfeitamente encaixadas, porém, assim como tudo o que se refere ao império inca, uma grande parte de Saqsayhuaman foi destruída pelos espanhóis.
Para se ter uma noção do tamanho desta pedra, eu tenho 1,60m de altura
Terminando Saqsayhuaman, seguimos para Qenqo e seus labirintos. Este sítio servia para mumificações e possui diversas mesas esculpidas nas pedras que serviam para sacrifícios de lhamas ou até mesmo sacrifício de pessoas. Este sítio também tinha função de observatório astrológico.
Entrando nas cavernas e labirintos de Qenqo
Em Qenqo não se fica muito tempo, a parada é por cerca de 20/25 minutos. Algo interessante foi que, na chegada ao Qoricancha, um homem tirou uma foto de cada um de nós enquanto andávamos. Até aí, ok. Então, na saída de Qenqo havia uma mulher tentando vender para nós as fotos que foram tiradas no Qoricancha! Achei inusitado, mas não comprei porque a foto não foi tirada em meu melhor ângulo :p
Na van a caminho de Tambomachay, foi servido chá de coca para ajudar na aclimatação e foi passado algumas informações de Puka Pukara, um sítio arqueológico que fica entre Qenqo e Tambomachay.
Chegando a Tambomachay, havia um pouco de lama devido à chuva durante a tarde. Nos outros sítios arqueológicos visitados, apesar de ter chovido também, não havia lama. Tambomachay, um pouco diferente dos demais sítios, não tem o foco de seu mistério em suas pedras gigantes e em seus encaixes perfeitos, mas sim em suas águas. Ainda é um mistério de onde vem suas águas, que possuem a mesma frequência o ano todo e que na época inca havia a função de banhos de purificação, acreditando-se que as águas eram boas inclusive para as mulheres que desejam engravidar. Neste sítio também está presente a conotação da crença no mundo dual, dos três mundos e das quatro regiões incas. Esses elementos estão presentes devido à agua, que também representava fertilidade para os incas. Em Tambomachay também há uma trilha que chega a Machu Picchu, então este local também servia para monitorar e permitir ou não que alguém chegasse a Machu Picchu.
E de onde vem essas águas ainda é um mistério!
Por volta das 18h o City Tour Arqueológico se encerra. No caminho de retorno a Cuzco, paramos em uma loja têxtil muito grande, onde foi nos mostrado a diferença das roupas feitas com pelo de lhama, alpaca e vicunha, sendo a vicunha a mais cara. Nessa loja tem coisas belíssimas e de ótima qualidade, porém não tinha 180 soles para comprar uma blusa de frio feita com pelo de alpaca.
Antes das 18h30 a van já estava nos deixando na Plaza de Armas ou nos hotéis. Fiquei na Plaza de Armas, a noite estava bem agradável e a Plaza estava bem cheia, com grupos de amigos tocando violão, casais de namorados, pessoas lendo, etc. Eu fiquei só um pouco, observando tudo isso e depois fui para o hotel.
Você sabia que a Plaza de Armas de Cuzco é uma das mais belas de todo mundo? Segundo a National Geographic Traveler
Em todos os locais visitados haviam mulheres vestidas com trajes típicos vendendo gorros, cachecóis, blusas, etc. Também sempre havia mulheres com lhamas que se ofereciam para tirar fotos com os turistas por alguns poucos soles.
Mulher com trajes típicos e sua lhama oferecendo fotos com os turistas por alguns soles
Todo o passeio City Tour Arqueológico foi feito em espanhol, porém tudo foi muito bem compreendido. Em alguns momentos o guia se empolgava e falava um pouco rápido, mas é tudo bem tranquilo. O uso do áudio-fone durante o passeio inteiro facilita muito a compreensão, pois os demais grupos que encontramos durante os passeios não estavam utilizando este aparelho, então os guias tinham que falar mais alto ou pedir para que todos andassem bem juntos para que não perdessem as explicações. Porém, a Machu Picchu Brasil, não tinha esse problema e tudo ocorreu da maneira mais tranquila possível.
Saiba que o maior perigo de se conhecer o Peru é se apaixonar pelo país e querer ficar mais e mais no lugar. O que está esperando para visitá-lo e se surpreender com a beleza e com os encantos peruanos? Na volta, conte pra gente o que achou da experiência em Machu Picchu nos comentários!
Texto : Machu Picchu Brasil no Google+
Impressões gerais sobre o passeio por Michelle Lemes
Texto : por Michelle Lemes – Google+
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